ATIVIDADE 1: PARA INÍCIO DE CONVERSA
O dono da luz
No princípio, todo mundo vivia nas trevas. Os waraos procuravam o que comer na escuridão, e a única luz que conheciam provinha do fogo que obtinham da madeira. Não existiam então nem o dia nem a noite.
Um dia, um homem que possuía duas lindas filhas ficou sabendo que existia um jovem que era dono da luz. Então, chamou a filha mais velha e disse-lhe:
- Vá até onde se encontra o dono da luz e traga-o para mim.
Ela fez sua trouxa e partiu. Mas encontrou pela frente muitos caminhos e acabou tomando um que a levou até a casa do veado. Ali conheceu o animal e acabou se distraindo a brincar com ele. Em seguida, voltou à casa do pai sem trazer a luz.
Então o pai decidiu enviar a filha mais nova.
- Vá até onde se encontra o jovem dono da luz e traga-o para mim.
A jovem tomou o caminho certo e, depois de muito andar, chegou à casa do dono da luz e disse-lhe:
- Vim para conhecê-lo, ficar um pouco com você e obter a luz para o meu pai. O dono da luz lhe respondeu:
- Eu já esperava por você. Agora que chegou, viverá comigo.
Então o jovem pegou um baú de junco que tinha a seu lado e, com muito cuidado, abriu-o. A luz iluminou imediatamente seus braços e seus dentes brancos. Iluminou também os cabelos e os olhos negros da jovem.
Foi assim que ela descobriu a luz. O jovem, depois de mostrar a luz à moça, voltou a guardá-la.
Todos os dias, o dono da luz a tirava do baú para que se fizesse a claridade e ele pudesse se distrair com a jovem. E assim foi passando o tempo. Até que a moça se lembrou de que tinha que voltar para casa e levar ao pai a luz que viera buscar. O dono da luz, que já tinha ficado amigo da moça, deu a ela, de presente, a luz.
- Tome a luz, leve-a para você. Assim poderá ver tudo.
A jovem regressou à casa do pai e entregou-lhe a luz fechada no baú de junco. O pai pegou o baú, abriu-o e pendurou-o num dos paus que sustentavam a palafita em que moravam. De imediato, os raios de luz iluminaram a água do rio, as folhas dos mangues e os frutos do cajueiro.
Quando nos vários povoados do delta do rio Orinoco, espalhou-se a notícia de que existia uma família que possuía a luz, os waraos começaram a vir conhecê-la. Chegaram em suas ubás do rio Araguabisi, do rio Mánam,o e do rio Amacuro. Eram ubás e mais ubás, cheias de gente e mais gente.
Até que chegou um momento em que a palafita já não podia aguentar o peso de tanta gente maravilhada com a luz. E ninguém ia embora, pois ninguém queria continuar vivendo na escuridão, já que com a claridade a vida era muito mais agradável.
Por fim, o pai das moças não pôde mais suportar tanta gente dentro e fora de sua casa.
- vou pôr fim nisto - disse. - todos querem a luz? Pois lá vai ela!
E com um soco quebrou o baú e atirou a luz ao céu. O corpo da luz voou para o leste, e o baú, para o oeste. Do corpo da luz fez-se o sol, e do baú em que ela estava guardada surgiu a lua, cada um de um lado.
mas, como eles ainda estavam sob o impulso da força do braço que as lançara longe, sol e lua andavam muito rápido. O dia e a noite eram, assim,muito curtos, e a cada instante amanhecia e anoitecia.
Então o pai disse à filha mais nova:
Traga-me uma tartaruga.
Quando a tartaruga chegou às sua mãos, esperou que o sol estivesse sobre sua cabeça e lançou-a a ele, dizendo-lhe:
- Tome essa tartaruga. É sua, é um presente que lhe dou. Espere por ela.
A partir desse momento, o sol ficou esperando a tartaruguinha. E, no dia seguinte, ao amanhecer, viu-se que o sol caminhava lentamente, como a tartaruga, exatamente como anda hoje em dia, iluminando até que a noite chegue.
Até que chegou um momento em que a palafita já não podia aguentar o peso de tanta gente maravilhada com a luz. E ninguém ia embora, pois ninguém queria continuar vivendo na escuridão, já que com a claridade a vida era muito mais agradável.
Por fim, o pai das moças não pôde mais suportar tanta gente dentro e fora de sua casa.
- vou pôr fim nisto - disse. - todos querem a luz? Pois lá vai ela!
E com um soco quebrou o baú e atirou a luz ao céu. O corpo da luz voou para o leste, e o baú, para o oeste. Do corpo da luz fez-se o sol, e do baú em que ela estava guardada surgiu a lua, cada um de um lado.
mas, como eles ainda estavam sob o impulso da força do braço que as lançara longe, sol e lua andavam muito rápido. O dia e a noite eram, assim,muito curtos, e a cada instante amanhecia e anoitecia.
Então o pai disse à filha mais nova:
Traga-me uma tartaruga.
Quando a tartaruga chegou às sua mãos, esperou que o sol estivesse sobre sua cabeça e lançou-a a ele, dizendo-lhe:
- Tome essa tartaruga. É sua, é um presente que lhe dou. Espere por ela.
A partir desse momento, o sol ficou esperando a tartaruguinha. E, no dia seguinte, ao amanhecer, viu-se que o sol caminhava lentamente, como a tartaruga, exatamente como anda hoje em dia, iluminando até que a noite chegue.
Fonte: (Como surgiram os seres e as coisas, Coedição latino-americana, 1987.)
- Vocês já conheciam essa história ou outra parecida com essa?
- Qual é o tema dessa história?
- Como ela explica o surgimento do dia e da noite?
- Essa é uma explicação científica ou fantástica?
- Quem são os personagens que a compõem?
- Onde se passa toda a trama?
- Por que você acha que os venezuelanos contavam essa história uns aos outros?
- Você já ouviu falar na palavra LENDA? Sabe o que significa?
ATIVIDADE 2:Santo Tomás e o boi que voava
Contam os fastos da ordem de São domingos que, achando-se Santo Tomás de Aquino na sua cela, no convento de São Jacques, curvado sobre discursos manuscritos medievais, ali entrou, de repente, um frade folgazão
- Vinde ver, irmão Tomás , vinde ver meu boi voando!
tranquilamente, o grande doutor da igreja ergueu-se do seu banco. Deixou a ceia e, vindo para o átrio do mosteiro, pôs-se a olhar o céu, protegendo os olhos com as mãos. Ao vê-lo assim, o frade jovial desatou a rir com estrondo.
- Ora irmão Tomás, então sois tão crédulo a ponto de acreditares que um boi pudesse voar?
- Por que não; meu amigo? - tornou o santo. E com a mesma singeleza, fora da sabedoria: - Eu preferi admitir que um boi voasse a acreditar que um religioso pudesse mentir.
( Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p.97.)
- Essa lenda se parece com as lendas que você conhecia? Em que? Explique.
- De que época você acha que é essa lenda?
- Qual você acha que é a finalidade dela?
ATIVIDADE 3 : Beowulf e o dragão
Havia um rei dinamarquês que era valente na guerra e sábio nos tempos de paz. vivia num castelo esplêndido. Recebia muitos convites e dava festas maravilhosas. Mas todo isso era bom demais para durar eternamente.
Um dia, no final de uma festas, todos ouviram um ruído estranho. Era o dragão Grandel, que saíra do lago e entrara no castelo. engoliu o primeiro homem que encontrou e gostou tanto do sangue humano que atacou muitos outros. deixou um rastro vermelho como marca de sua passagem.
Desse dia em diante, a vida no castelo mudou completamente. o terrível Grandel aparecia no castelo todas as noites, matava os homens, bebendo o seu sangue, e carregava o corpo para o lago.
Nem mesmo os guerreiros mais fortes conseguiam vencê-lo, e o castelo acaboe sendo abandonado.
Depois de doze anos, esta história chegou aos ouvidos de Beowulf, um cavaleiro jovem e corajoso, capaz de vencer trinta homens ao mesmo tempo. quando soube da desgraça que tinha se abatido sobre os súditos do rei dinamarquês, ficou comovido e não pensou duas vezes. Escolheu catorze combatentes e partiu para a Dinamarca.
- Quem é você? - perguntou-lhe o rei.
- Sou Beowulf, viemos libertá-lo do terrível Grandel.
O rei sentiu o coração encher-se de esperança. deu uma grande festa.
Enquanto todos celebravam, um estranho assobio atravessou o castelo.
As portas de ferro caíram por terra e o terrível grandel entrou pela sala.
Os olhos brilhavam, a boca cuspia fogo e as garras eram espadas que rasgavam o chão. Mas antes que ele conseguisse engolir um guerreiro, sentiu uma dor insuportável.
Beowulf havia se lançado na direção do dragão e apertava sua garganta com uma força igual de trinta homens. grandel se retorceu, urrou, mas não conseguia se soltar. Foi empurrado por Beowulf ate o lago e morreu.
O rei agradeceu ao herói e a vida voltou pra o castelo. Mas no fundo do lago, uma velha feiticeira, a mãe de Grandel, resolveu vingar a morte de seu filho. Penetrou na grande sala do castelo e aprisionou o conselheiro do rei.
- Caro Beowulf - disse o rei - preciso novamente de sua ajuda.
Nesse mesmo dia, Beowulf e o rei montaram a cavalo e foram até o lago. Boiando sobre as águas, estava a cabeça ensanguentada do conselheiro.
Beowulf mergulhou imediatamente, até que chegou no antro dos monstros.
Viu uma mulher horrorosa sentada em cima de ossadas humanas.
Era a mãe de Grandel. A bruxa se atirou sobre ele. Beowulf foi mais rápido. Sua espada cortou a garganta da velha. Mas ela continuou a atacá-lo.
Nisso, o cavaleiro avistou uma espada gigantesca. agarrou-a e arrancou a cabeça da velha. Foi só então que ele viu, ao lado, o corpo monstruoso Grandel. Beowulf também lhe cortou a cabeça e carregou-a até a superfície.
Mas depois que Beowulf libertou a Dinamarca desse monstro sinistro, sentiu muitas saudades de seu próprio país. Seu tio havia acabado de morrer. E como ele era o único herdeiro, foi coroado rei,. governou durante cinquenta anos com sabedoria e justiça.
Foi quando novamente recebeu notícias de que um dragão incendiava a Dinamarca. Não perdeu tempo. Convocou sua tropa e viajou para enfrentar o monstro.
O animal o esperava. de sua garganta saíam chamas envenenadas e uma fumaça verde. Os cavaleiros de Beowulf apavoraram-se e fugiram; Beowulf viu-se só diante do monstro. Mas havia alguém a seu lado: Wiglaf, o mais jovem dos homens de sua tropa.
esquecendo-se da espada, Beowulf atacou o dragão com tanta força que nem parecia que havia envelhecido. O monstro grunhiu e o sangue escorreu do ferimento de sua garganta. Mesmo assim Beowulf foi atingí-lo com o golpe mortal e percebeu que sua espada havia se partido ao meio.
Estava condenado. Então ouviu uma voz:
- Estou a seu lado, meu rei.
era Wiglaf, que imediatamente atacou o dragão, ferindo-o mortalmente.
O dragão estendeu a pata e atingiu o rei com suas garras venenosas. Beowulf sentiu o veneno penetrar nas profundezas de seu corpo. Antes que a vida o deixasse, disse:
- Eu te nomeio rei, fiel Wiglaf. E como prova disso, aqui está o meu anel.
Estas foram as últimas palavras do célebre matador de dragões, Beowulf.
Ele morreu tranquilo, porque sabia que seu sucessor era o mais corajoso de todos os homens, o melhor de todos os guerreiros, e que reinaria com justiça, trazendo felicidade a seu povo.
Mas depois que Beowulf libertou a Dinamarca desse monstro sinistro, sentiu muitas saudades de seu próprio país. Seu tio havia acabado de morrer. E como ele era o único herdeiro, foi coroado rei,. governou durante cinquenta anos com sabedoria e justiça.
Foi quando novamente recebeu notícias de que um dragão incendiava a Dinamarca. Não perdeu tempo. Convocou sua tropa e viajou para enfrentar o monstro.
O animal o esperava. de sua garganta saíam chamas envenenadas e uma fumaça verde. Os cavaleiros de Beowulf apavoraram-se e fugiram; Beowulf viu-se só diante do monstro. Mas havia alguém a seu lado: Wiglaf, o mais jovem dos homens de sua tropa.
esquecendo-se da espada, Beowulf atacou o dragão com tanta força que nem parecia que havia envelhecido. O monstro grunhiu e o sangue escorreu do ferimento de sua garganta. Mesmo assim Beowulf foi atingí-lo com o golpe mortal e percebeu que sua espada havia se partido ao meio.
Estava condenado. Então ouviu uma voz:
- Estou a seu lado, meu rei.
era Wiglaf, que imediatamente atacou o dragão, ferindo-o mortalmente.
O dragão estendeu a pata e atingiu o rei com suas garras venenosas. Beowulf sentiu o veneno penetrar nas profundezas de seu corpo. Antes que a vida o deixasse, disse:
- Eu te nomeio rei, fiel Wiglaf. E como prova disso, aqui está o meu anel.
Estas foram as últimas palavras do célebre matador de dragões, Beowulf.
Ele morreu tranquilo, porque sabia que seu sucessor era o mais corajoso de todos os homens, o melhor de todos os guerreiros, e que reinaria com justiça, trazendo felicidade a seu povo.
( Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p.99-100.)
- Essa lenda é mais parecida com as que você já conhecia? Em que? Explique.
- Em que essa lenda se parece com a que foi lida antes?
- De que época você acha que é essa lenda?
- De onde vem essa lenda? De que povo?
- Qual você acha que é a finalidade dessa lenda?
ATIVIDADE 4:A lenda da vitória-régia
A enorme folha boiava nas águas do rio. Era tão grande que, se quisesse, o curumim que a comtemplava poderia fazer dela um barco. Ele era miudinho, nascera numa noite de grande temporal. A primeira luz que seus pequeninos olhos contemplaram foi o clarão azul de um forte raio, aquele que derrubara a grande seringueira, cujo tronco dilacerado até hoje ainda lá estava.
" Se alguém deve cortá-la, então será meu filho, que nasceu hoje", falou o cacique ao vê-la tombada depois da procela. Ele será forte e veloz como o raio e, como este, ele deverá cortá-la para fazer o ubá com que lutará e vencerá a torrente dos grandes rios..."
Talvez, por isso, aquele curumim tão pequenino já se sentisse tão corajoso e capaz de enfrentar, sozinho, os perigos da selva amazônica. Ele caminhava horas ao léu, cortando cipós, caçando pequenos mamíferos e aves: porém, até hoje, nos seus sete anos, ainda não enfrentara a torrente do grande rio, que agora contemplava.
Observando bem aquelas grandes folhas, imaginou navegar sobre uma delas, e não perdeu tempo. Pisou com muito cuidado - os índios são sempre muito cautelosos- e, sentindo que ela suportava o seu peso, sentou-se devagar, e com as mãozinhas improvisou um remo. Desceu rio abaixo.
É verdade que a correnteza favorecia, mas contudo, por duas vezes quase caiu. Nem por isso se intimidou. Navegou no seu barco vegetal até chegar a uma pequena enseada onde avistou a mãe e outras índias que, ao sol, acariciavam os curumins quase recém-nascidos embalando-os com suas canções, que falam da lua, da mãe-d'água, do sol e de certas forças naturais que tanto temem.
Saltando em terra, correu para junto da mãe, muito feliz com a façanha que praticara:
"Mãe, tenho o barco. Já posso pescar no grande rio?"
" Um barco? Mas aquilo é apenas um uapé: é uma formosa índia que Tupã transformou em planta."
"Como, mãe? Então não é o meu barco? Você sempre me disse que eu um dia haveria de ter meu ubá..."
"Meu filho, o teu barco, tu o farás: este é apenas uma folha. è naia, que se apaixonou pela lua..."
"quem é Naia?", perguntou curioso o indiozinho.
"Vou contar-te... Um dia, uma formosa índia, chamada Naia, apaixonou-se pela lua. sentia-se atraída por ela e, como quisesse alcançá-la, correu, correu, por vales e montanhas atrás dela. Porém, quanto mais corria, mais longe e alta ela ficava.Desistiu de alcançá-la e voltou para a taba.
" A lua aparecia e fugia sempre, e Naia cada vez mais a desejava.
" Uma noite, andando pelas matas ao clarão do luar, Naia se aproximou de um lago e viu, nele refletida, a imagem da lua.
" Sentiu-se feliz; julgou poder agora alcançá-la e, atirando-se nas águas calmas do lago, afundou.
" Nunca mais ninguém a viu, mas Tupã, com pena dela, transformou-a nesta linda planta, que floresce em todas as luas. Entretando uapé só abre suas pétalas à noite, para poder abraçar a lua, que se vem refletir na sua aveludada corola.
" Vês? Não queiras, pois, tomá-la para teu barco. Nela irás, por certo, para o fundo das águas.
" meu filho, se se sentes bastante forte, toma o machado e vai cortar aquele tronco que foi vencido pelo raio. Ele é teu desde que nasceste.
" Dele farás o teu ubá; navegarás sem perigo.
" deixa em paz grande flor das águas..."
Eis aí, como nasceu da imaginação fértil e criadora de nossos índios, a história da vitória-régia, ou uapé, ou iapunaque-uapê, a maior flor do mundo.
" Uma noite, andando pelas matas ao clarão do luar, Naia se aproximou de um lago e viu, nele refletida, a imagem da lua.
" Sentiu-se feliz; julgou poder agora alcançá-la e, atirando-se nas águas calmas do lago, afundou.
" Nunca mais ninguém a viu, mas Tupã, com pena dela, transformou-a nesta linda planta, que floresce em todas as luas. Entretando uapé só abre suas pétalas à noite, para poder abraçar a lua, que se vem refletir na sua aveludada corola.
" Vês? Não queiras, pois, tomá-la para teu barco. Nela irás, por certo, para o fundo das águas.
" meu filho, se se sentes bastante forte, toma o machado e vai cortar aquele tronco que foi vencido pelo raio. Ele é teu desde que nasceste.
" Dele farás o teu ubá; navegarás sem perigo.
" deixa em paz grande flor das águas..."
Eis aí, como nasceu da imaginação fértil e criadora de nossos índios, a história da vitória-régia, ou uapé, ou iapunaque-uapê, a maior flor do mundo.
( Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p.105-106.)
- E essa lenda, é mais parecida com alguma das que você já conhecia? Em quê? Explique. Com a ajuda de seus colegas e também do professor, preencha o quadro a seguir.
QUADRO COMPARATIVO DAS TRÊS LENDAS
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O QUE AS LENDAS TÊM EM COMUM?
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O QUE AS LENDAS TÊM DE DIFERENTE?
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: AMPLIANDO O REPERTÓRIO DE LENDAS
1. Vocês lerão " A lenda do papagaio Crá-Crá". trata-se de uma lenda de origem indígena - tupí - e, à medida que foi sendo contada, acabou incorporada e transformada pelo povo, circulando, depois, pelo Brasil todo. Esse modo de contar, a linguagem presente nessa versão da lenda, é mais típico das regiões Sul e Sudeste do país.
1. Vocês lerão " A lenda do papagaio Crá-Crá". trata-se de uma lenda de origem indígena - tupí - e, à medida que foi sendo contada, acabou incorporada e transformada pelo povo, circulando, depois, pelo Brasil todo. Esse modo de contar, a linguagem presente nessa versão da lenda, é mais típico das regiões Sul e Sudeste do país.
A LENDA DO PAPAGAIO CRÁ-CRÁ
Conta a lenda que, antigamente, morava em um vilarejo um menino muito guloso. Tudo que via, queria comer, e a gula era tanta, a pressa de comer era tamanha, que ele tinha costume de engolir a comida sem mastigá-la.
Uma vez sua mãe encontrou frutos de batoí e assou-os na cinza.
O filho, sem querer esperar, comeu todos os frutos, tirando-os diretamente do fogo e, como sempre, engoliu-os sem pestanejar.
Os frutos do batoí são frutos cuja polpa viscosa se mantém quentíssima por muito tempo. Comendo-os tão quentes, sapecaram-lhe a garganta, de forma que doía muito e queimavam-lhe o estômago.
O menino, tentando vomitar os frutos comidos, começou a fazer força para expulsá-los. Arranhava a garganta grunhindo crá-crá-crá! Mas os frutos não saíam... e entalaram na garganta, sufocando-o.
No mesmo momento, cresceram-lhe as asas e as penas e ele torno-se um papagaio.Voou para longe. Até hoje pode-se ouví-lo vagando pelas matas do lugar, voando e gritando"crá-crá-crá.
( Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p.105-106.)
2. Retome o quadro com as caracteristicas das lendas analisadas e comente com seu professor e colegas: essa lenda contém as caracteristicas comuns às demais lendas até o momento? Para explicar, procure responder às questões no quadro abaixo.
ANALISANDO A LENDA DO PAPAGAIO CRÁ-CRÁ
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ASPECTOS
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INFORMAÇÕES OBSERVADAS
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O que essa lenda procura explicar?
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Esta lenda revela um aspecto da
cultura do povo brasileiro.
Qual é ele?
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Quem são os protagonistas?
São pessoas comuns?
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Os fatos narrados são tratados
como episódios comuns da vida
das pessoas? Explique.
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Há outros aspectos importantes
a ser considerados?
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3. Com seus colegas e com a ajuda de seu professor, releia "A lenda do papagaio Crá-Crá" observando as expressões que foram utilizadas para contar a historia. anote-as em seu caderno.
4. Agora, sente-se com sua dupla de trabalho e procurem,m em seu livro, as lendas que foram lidas. Escolha duas delas pra fazer a mesma análise, anotando, cada um em seu caderno, as expressões interessantes que encontrarem. Depois, compartilhe o trabalho com os demais colegas da turma.
4. Agora, sente-se com sua dupla de trabalho e procurem,m em seu livro, as lendas que foram lidas. Escolha duas delas pra fazer a mesma análise, anotando, cada um em seu caderno, as expressões interessantes que encontrarem. Depois, compartilhe o trabalho com os demais colegas da turma.
LENDAS DE OUTROS TEMPOS E LUGARES
1. Leia, silenciosamente, a lenda sobre um conhecido personagem da mitologia grega chamada Narciso.
NARCISO
Mitologia grega
Há muito tempo, na floresta, passeava Narciso, o filho do sagrado rio Kiphissos. Era lindo, porém tinha um modo frio e egoísta de ser. era muito convencido de sua beleza e sabia que não havia no mundo ninguém mais bonito que ele.
vaidoso, a todos dizia que seu coração jamais seria ferido pelas flechas de Eros, filho de Afrodite, pois não se apaixonava por ninguém.
as coisas foram assim até o dia em que a ninfa Eco o viu e imediatamente se apaixonou por ele.
Ela era linda, mas não não falava: o máximo que conseguia era repetir as últimas sílabas das palavras que ouvia.
Narciso, fingindo-se de desentendido, perguntou:
- Quem está está se escondendo aqui perto de mim?
- ... de mim - repetiu a ninfa assustada.
- Vamos, apareça! - ordenou. - Quero ver você!
- ...ver você! - repetiu a mesma voz em tom alegre.
Assim, Eco aproximou-se do rapaz. Mas nem a beleza e nem o misterioso brilho nos olhos da ninfa conseguiram amolecer o coração de Narciso.
- De o fora! - gritou, de repente. - Por acaso pensa que eu nasci para ser um da sua espécie? Sua tola!
- tola! - repetiu Eco, fugindo de vergonha.
A deusa do amor não poderia deixar Narciso impune depois de fazer uma coisa daquelas. resolveu, pois, que ele deveria ser castigado pelo mal que havia feito.
Um dia, quando estava passeando pela floresta, Narciso sentiu sede e quis tomar água.
Ao debruçar-se num lago, viu seu próprio rosto refletido na água. Foi naquele momento que Eros atirou uma flecha direto em seu coração.
Sem saber que o reflexo era de seu próprio rosto, Narciso imediatamente se apaixonou pela imagem.
Quando se abaixou para beijá-la, seus lábios se encostaram na água e a imagem se desfez. A cada nova tentativa, Narciso ia ficando cada vez mais desapontado e recusando-se a sair de perto da lagoa. Passou dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco.
Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas serenas do lago.
Esse foi o castigo do belo Narciso, cujo destino foi amar a si próprio.
Eco ficou chorando ao lado do corpo dele, até que a noite a envolveu. Ao despertar, Eco vui que Narciso ao estava mais ali, mas em seu lugar havia uma bela flor perfumada. Hoje, ela é conhecida pelo nome de "narciso", a flor da noite.
Agora, comente essa lenda com seus colegas, observando:
Sem saber que o reflexo era de seu próprio rosto, Narciso imediatamente se apaixonou pela imagem.
Quando se abaixou para beijá-la, seus lábios se encostaram na água e a imagem se desfez. A cada nova tentativa, Narciso ia ficando cada vez mais desapontado e recusando-se a sair de perto da lagoa. Passou dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco.
Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas serenas do lago.
Esse foi o castigo do belo Narciso, cujo destino foi amar a si próprio.
Eco ficou chorando ao lado do corpo dele, até que a noite a envolveu. Ao despertar, Eco vui que Narciso ao estava mais ali, mas em seu lugar havia uma bela flor perfumada. Hoje, ela é conhecida pelo nome de "narciso", a flor da noite.
Agora, comente essa lenda com seus colegas, observando:
- De que trata a lenda?
- Quem são os personagens?
- Onde passa a história?
- O que a lenda procura explicar?
- Que outros comentários poderiam ser feitos a respeito dessa lenda?
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