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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Figuras de linguagem


FIGURAS DE LINGUAGEM
São recursos usados pelo falante para realçar a sua mensagem.
1) ELIPSE – ZEUGMA
Veja os exemplos:
1-Na estante, livros e mais livros.
2-Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.
No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma.
A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado.
No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido.
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente.
“Ele prefere um passeio pela praia;eu, (prefiro) cinema.”(Não houve necessidade de repetir o verbo, pois entendemos o recado).
2) PLEONASMO                                           
Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção.
Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo.
Pleonasmo é a repetição de idéias
Exemplos:
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.
As duas orações estão na ordem inversa.
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração.
Na ordem direta ficaria:
As crianças da rua correm pelo parque.
O pintor subiu na escada.
4) ANACOLUTO
É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase.
Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a
natureza.
5) SILEPSE
É a concordância com a idéia e não com a palavra dita.
Pode ser: de gênero, número ou pessoa.
SILEPSE DE GÊNERO (masc./fem.)Vossa Excelência está admirado do fato?
O pronome de tratamento “Vossa Execelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um homem).
Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero.
SILEPSE DE NÚMERO (singular/plural)
Aquela multidão gritavam diante do ídolo.
Multidão está no singular, mas o verbo está no plural.
“Gritavam” concorda com a idéia de plural que está em “multidão”.
Mais exemplos.
A maior parte fizeram a prova.
A grande maioria estudam uma língua.
SILEPSE DE PESSOA
Todos estávamos nervosos.
Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam – eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós).
Temos aqui 2 pessoas ( eles e nós ) logo, silepse de pessoa.
Mais exemplos:
As duas comemos muita pizza.(elas – nós)
Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós)
Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós)
Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós)
6) METÁFORA – COMPARAÇÃO
1-Aquele homem é um leão.
Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão.
2-A vida vem em ondas como o mar.
Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como.
O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.
Exemplos de matáfora.
Ele é um anjo.
Ela uma flor.
Exemplos de comparação.
A chuva cai como lágrimas.
A mocidade é como uma flor.
Metáfora: sem o conectivo comparativo.
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)
Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva.
Ele gosta de ler Agatha Christie.
Ele comeu uma caixa de chocolate.
(Ele comeu o que estava dentro da caixa)
A velhice deve ser respeitada.
Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”)
Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)
8) PERÍFRASE – ANTONOMÁSIA
A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar.
Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro
Rei das Selvas: Leão
A Dama do Suspense: Agatha Christie
O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock
Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia.
Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais.
Antonomásia, quando forem pessoas
9) CATACRESE
A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
Vou colocar um fio de azeite na sopa.
10) ANTÍTESE
Emprego de termos com sentidos opostos.
Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve.
O mesmo ocorre co o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais leve.
12) IRONIA
Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
É o exagero na afirmação.
Já lhe disse isso um milhão de vezes.
Quando o filme começou, voei para casa.
14) PROSOPOPÉIA
Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!”

Para viver um grande amor (Vinícius de Moraes)


Qual o segredo para viver um grande amor? Existe uma fórmula
que podemos seguir? Nada melhor que Vinícius de Moraes, para
nos aconselhar e até mesmo ousar dar a fórmula certa para viver
o grande amor. Vinícius não conseguia viver sem paixão, sem a
sensação de estar vivendo um grande amor. E de tanto amar e
sofrer, ficou conhecido como o poeta do amor maior. Eis a receita
de Vinícius para viver um grande amor:

Para viver um grande amor

Para viver um grande amor, preciso
É muita concentração e muito siso
Muita seriedade e pouco riso
Para viver um grande amor
Para viver um grande amor, mister
É ser um homem de uma só mulher
Pois ser de muitas - poxa! - é pra quem quer
Não tem nenhum valor
Para viver um grande amor, primeiro
É preciso sagrar-se cavalheiro
E ser de sua dama por inteiro
Seja lá como for
Há de fazer do corpo uma morada
Onde clausure-se a mulher amada
E postar-se de fora com uma espada
Para viver um grande amor
É preciso um cuidado permanente
Não só com o corpo, mas também com a
mente
Pois qualquer "baixo" seu a amada sente
E esfria um pouco o amor
Há de ser bem cortês sem cortesia
Doce e conciliador sem covardia
Saber ganhar dinheiro com poesia
Não ser um ganhador
Mas tudo isso não adianta nada
Se nesta selva escura e desvairada
Não se souber achar a grande amada
Para viver um grande amor!

Para viver um grande amor direito
Não basta apenas ser um bom sujeito
É preciso também ter muito peito
Peito de remador
É sempre necessário ter em vista
Um crédito de rosas no florista
Muito mais, muito mais que na modista
Para viver um grande amor
Conta ponto saber fazer coisinhas
Ovos mexidos, camarões, sopinhas
Molhos, filés com fritas, comidinhas
Para depois do amor
E o que há de melhor que ir pra cozinha
E preparar com amor uma galinha
Com uma rica e gostosa farofinha
Para o seu grande amor?[...]



Após a leitura do texto 2 , responda:

1.O poeta diz que para viver um grande amor é
preciso siso. Qual é o significado da palavra
“siso” no texto.

 2. Qual é a opinião do poeta
sobre a fidelidade?

3.No trecho “É preciso ter muito peito/Peito de
remador” explique a expressão “Peito de
remador”. Porque há esta repetição da palavra
peito no poema?

4. Segundo o texto, por que a reserva de crédito
para compras deve ser maior no florista que na
modista?

5. Um grande amor deve ser muito bem cuidado.
Localize na segunda estrofe um desses
cuidados importantes.

6. Na verdade, qual a “receita” para viver um
grande amor?

Sujeito e Predicado


Sujeito

Elemento da oração a respeito do qual damos alguma informação. Seu núcleo (palavra mais importante) pode ser um substantivo, pronome ou palavra substantivada.

Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil lançou nas páginas do Pasquim." (Revista Época, 24.05.99, p.06)

Sujeito da 1ª oração: O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato

Núcleo do sujeito: Jeca-Tatu (substantivo)


Tipos de sujeito

Simples
Composto
Oculto, elíptico ou desinencial
Indeterminado
Inexistente ou oração sem sujeito

Sujeito Simples

Aquele que possui apenas um núcleo.

Ex.: "Livros ganham as prateleiras dos supermercados." (Época, 24.05.99, p.124)

Núcleo: livros

Sujeito Composto

Aquele que possui mais de um núcleo.

Ex.: Jogadores e torcedores reclamaram da arbitragem.

Núcleos: jogadores, torcedores

Sujeito oculto, elíptico ou desinencial

Aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência do verbo.

Ex.: "Aonde vou, o que quero da vida?" (Estado de Minas, 02.07.00, p.21)
Apesar de o sujeito não estar expresso, pode ser identificado nas duas orações: eu.

Sujeito indeterminado

Aquele que não se quer ou não se pode identificar.

Ex.: Vive-se melhor em uma cidade pequena.

Absolveram o réu.

Atenção:

O sujeito pode ser indeterminado em duas situações:
 
- verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito expresso.

Ex: Telefonaram por engano para minha casa.

- Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome SE (índice de indeterminação do sujeito).

Ex: Acredita-se na existência de políticos honestos.

Sujeito inexistente ou oração sem sujeito

A informação contida no predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre oração sem sujeito quando temos um verbo impessoal. O verbo é impessoal quando:

Indicar fenômenos da natureza (chover, nevar, amanhecer, etc.).
Ex.: Anoiteceu muito cedo.
Choveu muito no Rio de Janeiro este mês.

Fazer, ser, estar indicarem tempo cronológico.
Ex.: Faz meses que ele não aparece.
Já é uma hora da tarde.
Está quente em São Paulo.

Haver indicar sentido de existir.
Ex.: Havia mulheres na sala.

Atenção:
Os verbos impessoais sempre ficarão na 3ª pessoa do singular (havia, faz...).



Predicado

É tudo aquilo que se informa sobre o sujeito, e é estruturado em torno de um verbo. Ele sempre concorda em número e pessoa com o sujeito.
Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na forma impessoal -3ª pessoa do singular. O núcleo do predicado pode ser um verbo significativo, um nome ou ambos.

Ex.: "Seu trabalho tem uma ligação muito forte com a psicanálise". (Revista Nova Escola, 11/00).


Tipos de predicado

Verbal
Nominal
Verbo-nominal

Predicado verbal

Aquele que tem como núcleo (palavra mais importante) um verbo significativo.

Ex.: Ministro anuncia reajuste de impostos.

Núcleo: anuncia (verbo significativo)

Dicas:
O verbo significativo pode ser: transitivo direto (VTD), transitivo indireto (VTI), transitivo direto e indireto (VTDI) ou intransitivo (VI).

Exemplos:

O técnico comprou várias bolas – VTD.
O técnico gosta de bolas novas – VTI.
O técnico prefere melhores condições de trabalho a aumento de salário – VTDI.
O técnico viajou – VI.

Predicado nominal

Aquele cujo núcleo é um nome (predicativo). Nesse tipo de predicado, o verbo não é significativo, e sim de ligação. Serve de elo entre o sujeito e o predicativo.

Ex.: Todos estavam apressados.

Núcleo: apressados (predicativo)

Predicado verbo-nominal

Aquele que possui dois núcleos: um verbo significativo e um predicativo do sujeito ou do objeto.

Ex.: O juiz julgou o réu culpado.

Núcleos:

julgou- verbo significativo
culpado- predicativo do objeto (o réu)

.

Atividade com tirinha


1. Leia a tirinha de Mafalda e responda:
a) Levante hipótese: Por que Mafalda sabia que o palavrão era "política"


b)Qual a intenção da tira ao relacionar a palavra política com palavrão?


2) Destaque o radical das palavras abaixo:

palavrão
política
entardecer
enforcar
amanhecer

3) Escreva palavras que o radical comece com P.


4) Qual é a função sintática da expressão: "aquele palavrão", no segundo quadrinho?


5)O que provoca o humor no último quadrinho?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Leitura e interpretação de texto: A era do automóvel

A ERA DO AUTOMÓVEL

                                                                                                          (João do Rio, Vida vertiginosa)

E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo de esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém adivinhava essa era. Quem poderia pensar na influência futura do automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na carriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos balanços e aos pôneis mansos? Ninguém! absolutamente ninguém.
- Ah! Um automóvel, aquela máquina que cheira mal?
- Pois viajei nele.
- Infeliz.
Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade. E a transfiguração se fez:ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.


1. “Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade”; a forma INADEQUADA da reescritura desse segmento do texto é:
A. Foi necessária a transfiguração da cidade para que ele se firmasse;
B. Para que ele se firmasse a transfiguração da cidade foi necessária;
C. A transfiguração da cidade foi necessária para que ele se firmasse;
D. Necessitou-se da transfiguração da cidade para que ele se firmasse;
E. Foi necessário, para que ele se firmasse, a transfiguração da cidade.


2. A frase que NÃO demonstra uma visão negativa do automóvel é:
A. “O monstro transformador irrompeu, bufando...”;
B. “...eriçava o pedregulho contra o animal de lenda”;
C. “parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte”;
D. “rebentavam a máquina de encontro às árvores da Rua da Passagem”;
E. “aquela máquina que cheira mal?”.


3. “aspérrima educadora”; aqui temos uma forma erudita de superlativo do adjetivo “áspero”. O item abaixo que NÃO mostra uma forma superlativa é:
A. O automóvel é novo, novo, novo.
B. O automóvel é novo pra burro.
C. O automóvel foi bem rápido.
D. O automóvel é rapidão!
E. O automóvel teve novidades bastantes.


4. “O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha”; “Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora”. Os gerúndios sublinhados transmitem, respectivamente, idéias de:
A. modo e tempo;
B. tempo e causa;
C. causa e condição;
D. condição e meio;
E. meio e modo.


5. “aparências novas e novas aspirações”; a posição do adjetivo nesse segmento altera o seu significado. O mesmo pode ocorrer em:
A. cidade velha e velha cidade;
B. ruas esguias e esguias ruas;
C. lamentáveis corredores e corredores lamentáveis;
D. escandalosa atenção e atenção escandalosa;
E. morte imediata e imediata morte.



6. “Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida” apresenta uma antítese, ou seja, a presença de palavras de sentido oposto. O mesmo ocorre em:
A. “O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga”;
B. “e triunfal e desabrido o automóvel entrou”;
C. “o chofer é rei, é soberano, é tirano”;
D. “Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram”;
E. “A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo do esnobismo”.


7. “guarda-chuva” faz o plural da mesma forma que:
A. guarda-pó;
B. guarda-civil;
C. guarda-noturno;
D. guarda-costas;
E. guarda-livros.


8. “rebentavam a máquina de encontro às árvores”; a forma dessa mesma frase que ALTERA o seu sentido original é:
A. de encontro às arvores rebentavam a máquina;
B. rebentavam a máquina ao encontro das árvores;
C. a máquina era rebentada de encontro às árvores;
D. de encontro às árvores a máquina era rebentada;
E. rebentavam, de encontro às árvores, a máquina.


9. Os dois automóveis são citados no primeiro parágrafo do texto para:
A. mostrar a diferença entre os automóveis antigos e os modernos;
B. indicar a presença marcante do automóvel desde seu aparecimento;
C. demonstrar que o automóvel triunfou graças à imprensa;
D. revelar a pouca expectativa de futuro para o automóvel;
E. destacar as mudanças provocadas por eles no cenário urbano.


10. O autor do texto cita que “os impostos aduaneiros caíram” para indicar que:
A. os automóveis passaram a custar mais barato;
B. as pessoas deixaram de viajar de navio;
C. muitos automóveis chegavam aos portos;
D. não se cobravam impostos sobre automóveis;
E. o Brasil aboliu os impostos alfandegários.




Leitura e interpretação de texto: Que país

                                              QUE PAÍS...

Dissecando os gastos públicos no Brasil, um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União deste ano. Por exemplo:
Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$ 3.700. Ou R$ 1,3 milhão por ano.
Entre os senadores, a loucura é ainda maior, pois o custo individual diário pula para R$ 71.900. E o anual, acreditem, para R$ 26 milhões.
Comparados a outras ''rubricas'', os números beiram o delírio. É o caso do que a mesma União despende com a saúde de cada brasileiro - apenas R$ 0,36 por dia.
E, com a educação, humilhantes R$ 0,20.
Ricardo Boechat, JB, 6/11/01


01 Considerando o sentido geral do texto, o adjetivo que substitui de forma INADEQUADA os pontos das reticências do título do texto é:
A) autoritário;
B) injusto;
C) estranho;
D) desigual;
E) incoerente.
      
02 O gerúndio da primeira frase pode ter como forma verbal desenvolvida adequada ao texto:
A) embora dissecasse;
B) porque dissecou;
C) enquanto dissecava;
D) já que dissecou;
E) logo que dissecou.
      
03 O termo ''gastos públicos'' se refere exclusivamente a:
A) despesas com a educação pública;
B) pagamentos governamentais;
C) salários da classe política;
D) gastos gerais do Governo;
E) investimentos no setor oficial.
      
04 A explicação mais plausível para o fato de o economista citado no texto não ter sido identificado é:
A) não ser essa uma informação pertinente;
B) o jornalista não citar suas fontes de informações sigilosas;
C) evitar que o economista sofra represálias;
D) desconhecer o jornalista o nome do informante;
E) não ser o economista uma pessoa de destaque social.
      
05 O item do texto em que o jornalista NÃO inclui termo que indique sua opinião sobre o conteúdo veiculado pelo texto é:
A) ''...um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União...'';
B) ''Entre os senadores, a loucura é ainda maior...'' ;
C) ''E com a educação, humilhantes R$ 0,20'';
D) ''...os números beiram o delírio.'';
E) ''...cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.''.
      
06 O Orçamento da União é um documento que:
A) esconde a verdade da maioria da população;
B) só é consultado nos momentos críticos;
C) mostra a movimentação financeira do Governo;
D) autoriza os gastos governamentais;
E) traz somente informações sobre as casas do Congresso.
       
07 Os exemplos citados pelo jornalista:
A) atendem a seu interesse jornalístico;
B) indicam dados pouco precisos e irresponsáveis;
C) acobertam problemas do Governo;
D) mostram que os gastos com a classe política são desnecessários;
E) demonstram que o país não dispõe de recursos suficientes para as despesas.
      
08 ''Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.''; o cálculo para se chegar ao custo diário de cada deputado federal foi feito do seguinte modo:
A) a despesa geral da Câmara foi dividida pelo número de deputados federais;
B) a despesa com os deputados federais foi dividida igualmente por todos eles;
C) os gastos gerais da Casa foram repartidos por todos os funcionários;
D) os gastos da Câmara com os deputados foram divididos pelo seu número total;
E) as despesas gerais da Câmara foram divididas entre os deputados federais.
      
09 Na oração ''Ou R$ 1,3 milhão por ano.'':
A) o termo milhão deveria ser substituído por milhões;
B) a conjunção ou tem valor de retificação do termo anterior;
C) o signo $ se refere ao dólar americano;
D) o termo milhão concorda com a quantidade da fração;
E) o numeral 1,3 é classificado como multiplicativo.
      
10 ''Comparados a outras 'rubricas', os números beiram o delírio.''; o comentário correto sobre o significado dos elementos desse segmento do texto é:
A) o termo rubricas, escrito entre aspas, tem valor irônico;
B) o delírio refere-se aos gastos ínfimos com saúde e educação;
C) as outras rubricas referidas no texto são a educação e a saúde;
D) comparados com a educação, os gastos citados são humilhantes;
E) os números referem-se à grande quantidade de deputados e senadores.